domingo, 15 de abril de 2007

Saída de Estocolmo e chegada em Lisboa

Hoje acordamos por volta das 9:30 e tomamos um café reforçado. Depois voltamos ao quarto para terminarmos de arrumar as malas, pois tínhamos que sair as 12:00. As 12:07 conseguimos terminar tudo e percebemos que nosso cartão (a chave do quarto era um cartão e a gente precisava dele para usar o elevador) não funcionava mais. Tanto que as nossas únicas opções no elevador eram a recepção e a saída!

Bom, fizemos o checkout rapidamente e começamos (Eu, Reinaldo e o Mestre) a caminhar em direção a estação central para pegarmos o ônibus. No meio do caminho eu pensei ter avistado a estação central, mas na verdade era a estação do trêm para o aeroporto. Como era muito caro e a gente tava com uma certa pressa, acabamos optando por um taxi mesmo. A motorista era suéca, mas tinha uma casa na Jamáica, então conversamos bastante com ela sobre a situação do Brasil e da América Latina de um modo geral.

Chegando no aeroporto, descobrimos que o nosso vôo estava atrasado em 1 hora, o que significava que só sairíamos de Estocolmo as 16:10. Fizemos o check-in e as 16:10 conseguimos embarcar, chegando então a Lisboa as 19:30 (O fuso-horário de Portugal é 1 hora a menos em relação a Suécia). O vôo foi bem tranquilo e a gente na verdade não via a hora de comçar a jornada. Eu, particularmente, estou com MUITA saudade da minha esposa linda e maravilhosa :D

Chegando em Lisboa, tínhamos uma reserva no hotel Roma, que fica até bem perto do aeroporto. No entanto, levamos uma maçada de 30 minutos da TAP até que alguém se dispusese a vir nos buscar. Enfim, chegamos no hotel por volta das 21:00! Liguei pra Ina e para os meus pais e fomos então procuar um restaurante perto do hotel.

A uns 3 quarteirões de distância, encontramos um restuarante chamado Luanda. Eu e o mestre pedimos um bacalhau assado com batatas e Reinaldo, como é alérgico a peixe, pediu picanha com arroz e batata frita. Pedimos também, obviamente, vinho nacional. Duas garrafas, pra ser exato :P A primeira garrafa não era muito boa, mas servia muito bem como acompanhamento do jantar. Já a segunda garrafa foi bem melhor e realmente conseguimos degustar um bom vinho português comendo um bolinho de bacalhau (Reinaldo comeu um folheado de queijo e presunto). A impressão geral e rápida que tivemos de Lisboa era que estávamos em casa. Acho que era o barulho da cozinha, os copos batendo, o serviço "marromeno" do restaurante, o peixe gostoso no lugar da carne. Enfim, nos sentimos praticamente no Brasil.

Na verdade, eu quero é voltar pra Portugal para conhecer o país melhor!!!! Hugo e Quel, tenho certeza que vocês vão adorar!!!!

Amanhã vamos acordar cedinho, pois temos que sair do hotel as 7:00. O nosso vôo vai sair as 9:35 e eu quero ver se consigo comprar um vinho do porto antes de deixar Portugal!

E não se esqueça, você também pensa!
Igor.

sábado, 14 de abril de 2007

Penúltimo dia em Estocolmo

Hoje Stênio, Djamel e Ramide iriam começar a jornada de volta ao Brasil, então nós saimos todos de manhã para terminarmos de comprar os presentes e lembranças. Voltamos para a mesma rua de ontem e passamos umas 2 horas por lá. As 11:30, eles voltaram ao hotel e eu, Reinaldo e Mestre fomos novamente ao Gallerian, pois eu queria comprar um último presente para minha linda esposa :D E eu achei, viu amor! Você agora vai ter de 2 países diferentes! TE AMO!

Depois de terminadas as compras, voltamos ao hotel para deixarmos as sacolos e fomos novamente tentar ver o museu Vasa. Dessa vez chegamos as 14:30, então entramos e literalmente nos maravilhamos com o que vimos. O navio passou mais de 330 anos afundado em Estocolmo e fui resgatado em 1961. Ele é enorme e está praticamente completo depois da restauração feita. O museu é enorme, pois abriga o navio inteiro, além de contar partes da história da suécia na época em que o navio foi construído (vejam mais fotos!).

Por volta das 15:30 fomos finalmente almoçar no restaurante do museu mesmo. Eu resolvi variar e comer peixe e me arrependi pela quantidade que veio. Ao menos era gostoso :S. Depois do almoço, andamos mais um pouco pelo museu e então voltamos para o hotel. Chegamos por volta das 17:00 e eu aproveitei pra dormir, pois estava muito cansado. As 20:00 acordei e saímos para jantar no Burger King aqui perto. Agora, de volta ao quarto de hotel, vou terminar de arrumar as minhas malas e dormir bem pois a jornada de volta começa amanhã

E não se esqueça, você também pensa!
Igor.

sexta-feira, 13 de abril de 2007

Turismo em Estocolmo

Hoje de manhã Djamel e Ramide tiveram que ir para uma reunião em Kista e nós (eu, Reinaldo, Mestre e Stênio) aproveitamos para bater perna pela cidade. Saímos do hotel e fomos em direção a uma das ilhas que não tínhamos visitado ainda. Passamos por praças, andamos pela orla fluvial, vimos patos, castelos, um barco viking, entre outras coisas bonitas (vejam as fotos!). Na hora do almoço, fomos a um shopping chamdo Gallerian, onde só lanchamos pois já faziam 3 dias que comíamos carne com batata.

Nesse shopping, acabamos conhecendo 2 brasileiras, uma de salvador e outra de natal, que moravam aqui há muito tempo. A baiana me ouviu chamando palavrão e perguntou se eu era brasileiro :P Ah, e também vimos um casal gay se beijando ao descerem a escada rolante e pelo visto isso parece ser mais do que normal aqui.

Após lancharmos, voltamos ao hotel para encontrarmos Djamel e Ramide. Ramide foi conosco tentar ir para a ilha cheia de museus onde tem o museu Vasa. Esse museu conta a história de um navio construído em 1628 e que afundou na sua viagem inaugural. Bom, acabou não dando tempo de entrarmos no museu porque chegamos lá as 16:30 e o museu fechava as 17:00. Aproveitamos então para tirarmos fotos do local, que era muito bonito. Karina mesmo vai adorar as fotos das fachadas dos museus :D

Na volta, percebemos que haviam muitos carros caros circulando pelas ruas dessa redondezas. Tivemos a certeza que estávamos numa área nobre quando vimos uma loja de veículos multimarcas que vendia Ferrari, Masserati, entre outras coisinhas lindas. A quantidade de Porsche, Ferrari, Masserati, Corvette, BMW, Mercedes-Benz que vimos circulando não tá no gibi. Já tava ficando até chato :P:D

Perto do hotel, tem uma rua cheia de lojinhas e cafés, onde aproveitamos para comprarmos as lembrancinhas para os nossos entes queridos. Acabmos chegando no hotel por volta das 18:30 e fomos nos arrumar para sairmos pra jantar. Djamel não quis sair e ficamos de trazer um lanche pra ele. Stênio queria achar um restaurante que servisse carne de alce, mas no final ficamos num restaurante/bar/danceteria perto do hotel. Lá eu provei a cerveja suéca e confirmei o que Martin tinha dito: é RUIM. Eu diria que está um nível acima de Nova Schin apenas. Pedimos todos um prato típico suéco que, por mais tradicional ou bonitinho que fosse, era novamente carne com batatas.

Ficamos umas 2 horas no local, até a hora em que eles começaram a tirar algumas mesas para abrir espaço para o dancing. Então Stênio viu um caro altamente tosco e caótico começar a dançar sozinho de uma forma bem "espansiva". Ele tentou tirar uma foto mas o cara saiu justo na hora :(

Depois do jantar, fomos atrás de um sanduíche pra Djamel e então voltamos ao hotel para dormirmos.

E não se esqueça, você também pensa!
Igor.

Finalmente as fotos!

É só clicar aqui! Estaremos colocando mais a medida que formos tirando.

E não se esqueça, você também pensa!
Igor.

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Reuniões matinais e a tarde livre!!!

Hoje as reuniões também foram muito produtivas. No final, praticamente só tivemos notícias boas relativas aos projetos e suas respectivas renovações. De um modo geral, todos estão satisfeitos com o andamento dos projetos.

A tarde saímos todos da Ericsson e voltamos ao hotel para podermos deixar os computadores e então fomos bater perna pela cidade. Agora sim deu pra ver como a cidade é linda! O centrão mesmo é cheio de pontes, prédios antigos, igrejas, bares, restaurantes, tudo muito arrumado. Fomos para a prefeitura da cidade, que é também o local onde é feita a entrega do prêmio Nobel. Tiramos várias fotos e começamos o nosso curta metragem "Os Nerds em Estocolmo" :P

Depois da caminhada, fomos procurar um restaurante para jantarmos - já eram 19:30 e ainda tinha sol. Muito esquisito jantar "de manhã" :P No restaurante, eu, Mestre e Reinaldo comemos um hambúrger de carne de alce e os outros pediram comida mais normal. A carne tem a textura parecida com a de almôndegas, mas o gosto é bem diferente. Sei lá, acho que é mais "pesada", mais apropriada mesmo para um clima frio. Enfim, era gostosa mas acho que eu não pagaria denovo pra comer. Fiquei curioso também pra provar a carne de rena, mas essa vai ficar para uma próxima oportunidade (talvez no sábado :). Ah, e tomamos cerveja Irlandesa, MUITO BOA :)

Amanhã eu vou aproveitar que não tenho mais reunião pra acordar um pouco mais tarde e passar o final da manhã e a tarde toda passeando pela cidade, visitando museus e dando uma olhada nas lojas. Aguardem que amanhã colocaremos as fotos no ar! :D

E não se esqueça, você também pensa!
Igor.

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Primeiro dia de reuniões: cansativo mas produtivo

Hoje todos nós (eu, Djamel, Eduardo Mestre, Stênio, Ramide e Reinaldo) acordamos cedo e fomos para Kista (se pronuncia Xista), o subúrbio onde fica o prédio da Ericsson. Antes aproveitamos bem o café-da-manhã do hotel, que era bem variado e com muita coisa gostosa. Pra chegar em Kista, pegamos a linha T11 na estação central, sendo que o metrô leva aproximadamente 20 minutos pra chegar lá.

Saindo da estação, entramos diretamente em um shopping e fomos caminhando até a saída. Avistamos vários prédios com o nome Ericsson e arriscamos entrar no maior a nossa direita. Como Murphy nos acompanha até nessas partes remotas do mundo, era o prédio errado :P Ao menos era próximo ao do prédio correto.

Chegamos as 8:50 e a primeira reunião seria a de Stênio as 9:00. Após a dele, Mestre teria uma reunião também as 11:00. Em outras palavras, eu, Ramide e Reinaldo ficamos boiando por lá pela manhã toda :S. Após Mestre terminar a reunião dele, voltamos todos ao shopping junto com dois pesquisadores da Ericsson para almoçarmos. Tem uma praça de alimentação boa lá, com muita variedade. Tinha comida indiana, turca, chinesa, japonesa, italiana, americana (burger king :P) e é claro, sueca. Como a gente não tava querendo arriscar muito durante hoje e amanhã, a gente optou pela comida italiana. Na verdade, de italiana não tinha muito não. Era basicamente carne com batatas e salada.

A tarde, tive uma reunião as 15:00 com Reinaldo e Martin Johnsson e as 16:30 eu e Djamel fomos para a reunião com Gabor Fodor. Ambas as reuniões foram boas, com muitas discussões técnicas proveitosas. A reunião com Gabor foi até as 19:00 e quando saímos fomos direto jantar pra não termos que procurar restaurante perto do hotel novamente.

No final das contas, as reuniões foram muito boas mas eu, Reinaldo e Ramide poderíamos ter ficado no hotel pela manhã e dormido. Nem sempre se ganha todas :P

E não se esqueça, você também pensa!
Igor.

terça-feira, 10 de abril de 2007

Finalmente em Estocolmo!

Agora são 22:30 em Estocolmo e finalmente eu estou descansando depois dessa jornada. Se formos contar apenas a partir do horário do vôo para São Paulo (6:30 da segunda), eu levei 34 horas pra chegar aqui!!! É tempo!

Bom, o vôo de Lisboa pra Estocolmo foi tranqüilo, durou 4 horas (e não 3, como eu disse anteriormente). Só demorou mesmo quando a gente foi pegar as malas: levou uns 15 minutos pra eles ligarem a esteira e mais uns 10 pra chegar a mala dos 3. Ainda bem que as cachaças não quebraram :P

Saindo da seção de bagagem, fomos trocar Euro por Coroa Suéca pra poder pagar o ônibus pra ir do aeroporto para o centro da cidade. Pra minha sorte o caixa era brasileiro e me explicou tudo muito bem. Ele também falou que da próxima vez que viermos para a suécia, poderíamos trazer real mesmo que aqui eles trocam fácil. Enfim, pegamos o ônibus e em 40 minutos estávamos na estação central. Aí é que começou a resenha.

Primeiro, demoramos pra conseguir entender onde compraríamos os bilhetes de metrô. Tivemos que descer uns dois andares no sub-solo pra encontrar a bilheteria. Depois, tivemos dificuldade pra encontrar a linha correta pra pegar. Descemos mais um andar, depois subimos outro antes de encontrar. Detalhe: estávamos com as malas e subindo descendo escada-rolante. Por duas vezes conseguimos usar um elevador e na última não teve jeito, foi escada normal mesmo.

Chegando no hotel, fizemos nosso check-in e fomos para os nossos respectivos quartos tomarmos banho e escovar os dentes. Quando deu 20h (15h no Brasil), fomos jantar aqui perto do hotel. Antes demos uma passeada pelo centro antigo da cidade, mas não passamos muito tempo porque os restaurantes estavam todos fechando. O restaurante que ficamos era bem agradável e a comida muito boa, mas tudo aqui é muito caro. O jantar saiu a 200 coroas (65 reais) por pessoa :S

No mais, até agora a cidade me pareceu muito charmosa com suas muitas ilhas e pontes e arquitetura antigo misturada com alguns prédios mais novos. Amanhã iremos para Kista, onde fica a Ericsson Research para começarmos a maratona de reuniões.

E não se esqueça, você também pensa!
Igor.

Primeira parte da viagem: Recife - São Paulo - Lisboa

Foi cansativo essa primeira parte da viagem. Cheguei no aeroporto as 5:00 horas pra pegar o vôo das 6:30 pela Gol. Não teve atrasos na saída, mas o vôo levou 4 horas no lugar de 3... pelo o que entendemos, foi por algum problema no controle aéreo.

Chegando em guarulhos, fomos fazer as tarefas de praxe: descobrir onde era o check-in da TAP, almoçar, declarar os bens e esperar MUITO. Entramos na fila (enorme e lenta) do embarque internacional de 16:50 e só conseguimos chegar no salão de embarque as 17:30. O vôo saiu as 18:10, 1 hora atrasado, o que nos deixou apreensivo pois, caso manuel e joaquim (apelido que botamos nos pilots :P) não se apressasem, teríamos apenas 1 hora pra passar pela alfândega :S

Graças a Deus, o vôo foi tranquilo e chegamos na hora apesar do atraso. A alfândega foi tranquila, com apenas algumas perguntas de praxe, sem o aperreio de 2005 quando eu fui pra alemanha.

Agora estou no aeroporto de Lisboa esperando minha conexão, que por sinal acabou de ser anunciada. Até mais!!!

E não se esqueça, você também pensa!
Igor.

segunda-feira, 9 de abril de 2007

De Recife para Estocolmo

Como alguns de vocês sabem, estou indo para a Suécia hoje, a trabalho. Vou passar 6 dias lá e volto no domingo (Vou ter o final de semana livre! Inclusive a sexta :). Ficarei atualizando o blog com fotos e comentários sobre o que eu achei da cidade, portanto fiquem antenados!

E não se esqueça, você também pensa!
Igor.

segunda-feira, 26 de março de 2007

Todos nós usamos drogas. Sem exceção.

Se você sair perguntando na rua o que as pessoas pensam de drogas, dificilmente você vai encontrar uma resposta positiva. A grande maioria vai dizer que "drogas não estão com nada", "drogas são o caminho da perdição" e todo e qualquer chavão que você possa imaginar, repetido ad infinitum.

No entanto, se você perguntar sobre cigarro, bebidas, comida, sexo, trabalho; muitos irão dizer que não conseguem viver sem ao menos uma delas. Obviamente estou falando de excesso, mas a questão é que todos nós temos as nossas drogas, algumas lícitas, outras que nem são consideradas como drogas, mas todas com o mesmo propósito: alterar a nossa percepção atual do mundo, por apenas um instante que seja.

Por que as pessoas adentram o mundo das drogas ilícitas? Pelo mesmo motivo que as pessoas passam a comer muito, trabalhar demais, transar a toa, beber e fumar. A diferença é que as drogas ilícitas são mais "perigosas", o vício pode ser mais rápido e a dependência mais forte. No entanto, o que dizer de um workaholic, ou de um comilão? E o que dizer de alguém que bebe diariamente ou que fuma uma, duas, três carteiras de cigarro por dia? Todos sentem a mesma coisa quando usufruem das suas drogas: um prazer maior, uma alteração do seu estado de consciência que permite que as coisas ruins do dia-a-dia sejam simplesmente ignoradas por alguns minutos, em favor de um estado "artificial" de alegria que vai embora na mesma velocidade que chega.

O vício é o grande vilão da história e não a substância. Os nossos vícios são os nossos canos de escape das nossas pressões diárias. São uma das formas de conseguirmos passar pela vida sem machucar os outros, moral ou fisicamente, pois descontamos no vício. No entanto, é também o vício quem destrói e modifica a nossa vida para pior quando perdemos o controle sobre ele.

Onde eu quero chegar com tudo isso? Drogas continuam sendo ruins e ninguém deveria usá-las, mas precisamos mudar a nossa percepção do que as drogas realmente são. Talvez seja fácil classificar de marginal alguém que esteja envolvido com maconha, cocaína, crack, etc. Mas pra mim soa hipócrita dizer isso e ao mesmo tempo não largar os seus próprios vícios. Isso não significa que devemos parar de discutir sobre o assunto ou de repente legalizar todas as drogas, mas devemos sim olhar o que leva alguém a ser viciado em o que quer que seja.

E não se esqueça, você também pensa!
Igor.

P.S.: Eu quis tirar da discussão a questão social e rapidamente destruidora que é típica das drogas ilícitas, pois a questão aqui discutida é a intenção e não o efeito. Não podemos negligenciar o efeito avasalador das drogas ilícitas, mas em princípio qualquer "alterador do consciente" teria o mesmo efeito, desde que a quantidade e o tempo fossem suficientes para isso.

quinta-feira, 15 de março de 2007

Software livre em horário nobre

Ontem a noite eu estava assitindo Paraíso Tropical (não, eu não tinha nada melhor para assistir) e em uma das cenas o vilão da história estava editando o audio de uma gravação que ele havia feito para incriminar o mocinho :P Até aí, nada demais. Mas o fato que me chamou a atenção foi que ele estava usando o software livre Audacity para fazer a edição. Como a interface do software é praticamente a mesma independentemente do sistema operacional usado, não deu pra saber se ele estava sendo rodado no Windows ou no Linux. Meu palpite vai pra Windows :(

Mas o que eu quero apontar aqui é que isso é uma novidade, considerando a televisão brasileira e até televisão de um modo geral. Tipicamente, quando se tem alguém em um filme/novela/série usando um computador, os softwares usados não existem. São o que se chama de representações visuais que normalmente não tem nada haver com um software típico. Isso tem mudado e hoje é mais comum você encontrar softwares reais sendo usados e ao menos para mim, foi a primeira vez que eu vi um em um programa de televisão brasileiro (estou excluindo programas ao vivo que usam computadores).

O fato de ser software livre pode ser apenas um detalhe - deve ter sido usado para evitar qualquer problema com softwares comerciais, pois eu acho que SoundForge ou GoldWave seriam as opções mais prováveis. No entanto, eu fico feliz de ver que software livre está fazendo parte da realidade brasileira, mesmo em uma obra fictícia como uma novela. Talvez seja resultado da ênfase que o governo atual colocou em software livre também. Quem sabe veremos também outros softwares sendo usados, como o navegador web Firefox (tem um link no topo da minha página para quem quiser instalá-lo) ou até mesmo o Linux?

E não se esqueça, você também pensa!
Igor.

sexta-feira, 9 de março de 2007

Voltando à minha vida normal

Agora que a poeira do mestrado abaixou, estou voltando a organizar melhor a minha vida. Muita coisa tava acumulada, tanto em casa como no trabalho, e agora eu preciso recuperar o tempo perdido. É incrivel o quanto uma tarefa pode consumir a sua vida de uma maneira tão egoísta - o que por tabela lhe torna também um pouco egoísta. Que o diga a minha esposa que teve que aguentar o meu stress e mau humor durante essas últimas semanas.

Pelo menos agora eu tenho mais tempo pra mim!
Ah! e esse vai ser o último post sobre o meu mestrado. Tenho muitas outras coisas interessantes para falar (escrever) :D

E não se esqueça, você também pensa!
Igor.

terça-feira, 6 de março de 2007

Jetzt bin ich Meister!

Nossa, a minha última atulização foi no dia 15 de Julho de 2006, 13 dias antes do meu casamento. De lá pra cá, já se passram quase 8 meses e já me considero estabilizado nessa minha nova vida. Tem sido uma experiência emocionante e muito gratificante dividir a minha vida com a pessoa que amo e a cada dia que passa eu tenho ainda mais certeza que casar foi a uma das decisões mais acertadas da minha vida. Talvez em um outro post eu disserte um pouco mais sobre a vida de casado, mas agora eu quero falar sobre uma outra recente conquista, que justifica o títilo desse post.

No dia 05 de março de 2007, eu finalmente defendi a minha dissertação de mestrado e agora eu sou Mestre ( = Jetzt bin ich Meister) em Ciência da Computação. Foram 24 meses de luta, com um aperreio grande nas semanas finais, mas que graças a Deus terminou bem. A minha dissertação ainda terá que passar por um período de correções - tenho 30 dias para isso - mas nada que comprometa o conteúdo.

Fazer o mestrado foi uma experiência enriquecedora mas também um tanto frustrante. Nas palavras da minha orientadora, as duas maiores lições que eu pude tirar do processo foram 1) Nem sempre é possível resolver tudo sozinho, por isso peça ajuda e 2) Até mesmo as pessoas inteligentes podem fazer merda. Essa última lição foi a parte mais difícil. Eu me considerava (e ainda me considero) uma pessoa extremamente capaz e que por isso mesmo poderia fazer tudo que eu quisesse, mesmo sem a ajuda de ninguém. Um tanto pretencioso, é verdade, mas que funcionou durante muito tempo. Até que eu constatei pouco tempo antes da minha defesa que o o meu trabalho estava errado em um dos seus principais aspectos. No lugar de pedir ajuda, eu tentei resolver sozinho e passei um bom tempo empacado, o que acabou comprometendo o texto final da dissertação. Depois de muita teimosia, resolvi falar com minha orientadora e soube que o que estava errado não era um problema. Ao contrário, também era uma contribuição do meu trabalho.

O alívio que eu senti foi tamanho que eu pude rapidamente identificar por que estava errado, o que eu poderia fazer para consertá-lo e ainda ver que, apesar do erro, eu ainda tinha contribuído com outras coisas. No final, tudo poderia ter sido melhor se eu tivesse pedido ajuda e não tivesse me isolado, mas mesmo assim o trabalho ficou bom. 30 dias para consertar serão mais do que suficientes e eu poderei então ter a certeza que consegui terminar o mestrado com uma contribuição para a comunidade acadêmica e talvez até para a sociedade de um modo geral.

Aliás, essa questão de contribuir para a sociedade foi o principal motivo para que me inscrevesse no mestrado. Eu quero poder usar o meu conhecimento para melhorar a vida das pessoas e acho que o mestrado é um dos caminhos para alcançar esse objetivo. Pra mim seria bastante gratificante ver o resultado da minha pesquisa poder ser aplicado na prática e se isso algum dia acontecer, eu poderei dizer que alcancei o meu objetivo. Por enquanto, ficou a sensação de que, embora poderia ter sido melhor, eu fiz sim um bom trabalho. E é por isso que agora eu posso dizer em alto e bom som:

JETZT BIN ICH MEISTER!

E não se esqueça, você também pensa!
Igor.